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Bru Fioreti

5 atitudes que você precisa tomar para se tornar autoridade na sua área

Bru Fioreti

08/10/2019 04h00

Estudar, treinar, persistir, se desafiar e lembrar a importância de comunicar o que faz: ser autoridade é um processo ao seu alcance (Foto: PEXELS)

Uma das maneira mais desejadas de se firmar no mercado é ser reconhecida como autoridade nele.

Em vez de cair na vala comum, no instável status "mediano", ser chamada de especialista, aquela que sabe muito sobre determinado assunto, é consultada quando ele vem à tona e, claro, reconhecida por isso.  

Um sonho para muita gente, mas que deveria vir, antes de tudo, de uma clareza: a autoridade lhe é dada, não é você que diz ser autoridade.

Existe, no entanto, uma boa parte do processo que está nas suas mãos. Você pode conquistar autoridade a cada dia, por meio de estudo, teste, persistência e… tempo.

Por isso, caso seu objetivo seja ser reconhecida dessa forma na sua área de atuação, sugiro começar… ontem! Quanto mais saturado estiver o mercado, mais pessoas vão tentar se apropriar desse lugar, nada mais óbvio que isso.

Por que então, você ainda não começou um processo estruturado para criação de autoridade?

Por medo, por incerteza, por preguiça… Pensando nas razões mais comuns, separei cinco atitudes fundamentais para trabalhar a construção de autoridade — comece hoje, e comece pelo passo 1. 

1) Enfrente o medo de escolher

É o que mais vejo quando falo com clientes que desejam se firmar como autoridade ou, simplesmente, ocupar um lugar especial no mercado. Apesar de quererem essa posição, as pessoas temem perder oportunidades quando definem uma área de atuação específica ou quando fecham um nicho de mercado para trabalhar.

Claro que escolher é sempre "perder" algo. Mas é também o atalho mais eficiente para a construção da sua marca profissional. Se você faz coisas demais, não é lembrada por nada específico; dificulta o trabalho do recrutador e do público de se lembrar de você.

Flerte, sim, com várias áreas.

Mas depois de um período de testes — imprescindível principalmente no início da carreira — comece a se aprofundar mais em um dos temas, de preferência aquele que satisfizer a duas condições:

  • tiver a ver com suas maiores habilidades/vocação. Sim, você precisa se interessar e gostar dele, porque o processo de se tornar autoridade é longo e por vezes sofrido. A mágica vai acontecer no bastidor, e se aquilo não te apaixonar, você vai desistir no primeiro revés;
  • tiver eco no que o mercado precisa. Estamos afinal, falando de profissão, então convém observar se o que você pretende estudar e trabalhar com afinco satisfaz alguma necessidade mercadológica.

2) Estude mais do que seus pares

Uma vez que determinou o tema de interesse, é hora de começar a estudar — lamento informar, um processo que nunca termina. A grande característica das pessoas que se tornam especialistas reconhecidas em algum assunto é que tentam absorver o máximo de conhecimento sobre aquele tema.

São, a priori, curiosas, com interesse genuíno na área. E por isso não separam tanto quando estão trabalhando ou não. Saber mais sobre seu tema do coração é uma missão, quase uma obsessão.

Além do estudo verticalizado na área, abrem a mente para outros temas, uma maneira reconhecida de cultivar a criatividade e, portanto, encontrar novas formas de entender o tema de sua especialidade.

Entende não é sobre fazer uma faculdade, uma pós e pronto? É um processo contínuo de aprendizagem que constrói a autoridade ao longo dos anos.

3) Comunique o que sabe insistentemente

Para ser reconhecida como autoridade, como uma profissional excelente, primeiro SEJA essa profissional. Dito isso, não custa lembrar a tendência, especialmente feminina, de não se autopromover, de não se empossar de seus feitos publicamente.

Essa autossabotagem pode ser a diferença entre você "apenas" ser autoridade ou ser também reconhecida como tal. Se os outros não souberem, essa autoridade não lhe será dada!

Há duas formas primordiais de fazer isso: networking e produção de conteúdo.

O contato com as pessoas torna possível que mais gente saiba o que você está fazendo e perceba, sem tanto esforço, que vem se tornando uma especialista no tema. O contato flui naturalmente, e o tête-à-tête continua a ser infalível na criação de conexões genuínas. Esse networking deve envolver pessoas da área e de fora dela.

Já a produção de conteúdo é superacessível em termos de redes sociais. É sobre saber e mostrar que sabe, o que pode ser feito por vídeos e artigos, por exemplo. Não produzir conteúdo é desperdiçar uma ferramenta eficiente de divulgação do seu trabalho, ignorar a chance de ser recompensada por tudo o que anda estudando e testando no bastidor.

Você não faz, outros farão. Talvez outros piores que você, mas que deram as caras e portanto passaram a "existir" diante do público.

Não precisa nem deve ser uma egotrip, tá? Tem maneiras de se autopromover sendo útil e agradável para si e para os demais.

Encare como parte do trabalho.

4) Exercite a chamada capacidade negativa

Em seu livro Maestria, Robert Greene traz esse conceito para explicar a importância de se deixar deslumbrar pelo novo, de ver e ouvir genuinamente, mesmo quando achar que já sabe muito sobre um tema.

Habilidade rara, porque envolve propositadamente ir contra a nossa tendência natural a nos aprofundar e aceitar aquilo que nos parece mais familiar e vai de encontro às nossas crenças.

A capacidade negativa é a negação do viés cognifitivo segundo o qual a gente ouve o que quer, para confirmar o que já pensava antes — sim, isso existe e nenhum de nós está imune.

E requer treino, porque envolve abafar o seu ego intelectual/profissional para entender e assimilar o fato de as coisas não serem absolutas, e poderem ser vistas sob novas perspectivas.

Eis uma das bases para ter um olhar mais criativo.

Treinando a mente aberta, permita-se fazer testes, protótipos, flertar com novas ideias e ferramentas para que a prática aprimore seus conhecimentos.

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5) Tenha paciência para masterizar

A autoridade vai sendo construída com o tempo.

Não necessariamente você vai precisar gastar as famigeradas 10 mil horas para se tornar muito boa em alguma coisa para começar a ser reconhecida.

Mas é inegável que, sim, precisará de uma quantidade de horas considerável de estudo e prática. E prática com atenção — horas com qualidade destinadas àquele assunto. Por isso falei sobre a importância de ter um interesse genuíno e um propósito que te mantenha apaixonada.

Vai ser cansativo, pode não dar resultados imediatos, mas vai ter prazer também e esse prazer precisa morar não só no desejo de reconhecimento, mas no processo de ser tornar mestre em algo.

Como diz Greene no livro: "A melhor maneira de neutralizar a impaciência natural é cultivar uma espécie de prazer na dor — como os atletas, você passa a gostar do exercício exaustivo, da superação dos limites e da renúncia às práticas simplistas e ineficazes".

A autoridade, com o tempo, virá. Mas será apenas uma das benesses do processo.

Se com tudo isso ainda te parecer que vale a pena, é porque, no mínimo, um desejo intenso para começar o processo você tem. Volte à fase da escolha e… boa prática.

Sobre a autora

Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.

Sobre o blog

Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.

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