3 ideias (quase) infalíveis para impressionar no 1º encontro profissional
Você já pensou em quantos "primeiros encontros" profissionais estabelece em uma semana? E em quantos anda desperdiçando oportunidade? De um e-mail que poderia ser mandado com mais delicadeza ao encontro no café no qual você passou depressa e mal estabeleceu uma conexão olho no olho, há inúmeras situações que poderiam ter rendido contatos dos bons, mas caíram no esquecimento.
Com esses contatos, aparentemente banais, é que tudo começa. A ajuda para uma mudança de empresa, o nome da pós-graduação que está abrindo agora, o convite para palestrar naquele evento…
São os frutos do networking.
E às vezes, sim, a gente tem pouquíssimo tempo para causar a impressão certa (afinal, o "boa" ou "má" depende do seu intuito).
A formação da primeira impressão se dá em média em 7 segundos! E vai passar por duas perguntas, pelo menos, "essa pessoa é confiável?" e "ela é competente?".
Depois desse crivo, você pode até mudar o que o interlocutor pensa de você, mas terá por um tempo que lidar com o viés desconfiado criado lá atrás naquele primeiro contato. Isso influencia a percepção por sabe-se-lá-quanto-tempo.
Então, para otimizar o primeiro contato e melhorar suas habilidades de networker, separei 3 das mais comprovadas técnicas para "seduzir" as pessoas — assim, com aspas, porque não se trata de investidas amorosas, mas de encantar os outros para que possam simpatizar com você e querer ouvir o que tem a dizer.
1) O sorriso confiante e o "olhar social"
Aplique essa dupla, e as pessoas terão vontade de ficar perto de você. O sorriso aberto e confiante, além de sinalizar que você não representa uma ameaça e portanto pode se juntar ao grupo, dá a impressão de que gosta da situação, de que está bem consigo mesma.
Se for para fazer um sorriso exagerado, daquele que se denuncia como falso, com as bochechas para cima e os dentes cerrados, melhor não fazer, tá? O sorriso deve ser natural e ir e voltar conforme a situação permite.
Já o olhar social, descrito no livro "Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal", de Allan e Barbara Pease, é aquele que estabelece o contato visual sem intimidação: é quando você olha o outro nos dois olhos e entre eles, fazendo uma espécie de V até a região do nariz.
Perceba que não é o olhar no "terceiro olho", no meio da testa — este, inclusive, é um olhar intimidante, péssima ideia para ocasiões que pedem leveza.
Assim como o sorriso errado e o olhar profundo demais podem repelir, o excesso ou a completa falta de humor podem causar estranhamento. Exercite o meio-termo, os comentários jogados durante uma conversa, de forma comedida e depretensiosa. Você vai sentindo a "temperatura" do grupo para ver até onde ir.
O segredo é observar sem ficar travada enquanto faz isso.
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2) Ouvir mais do que falar
Parte importante e muito negligenciada em reuniões e encontros profissionais é o que chamo de "lição de casa": estudar brevemente quais tópicos serão conversados e entender quem serão os presentes. Por quais empresas passaram, qual o perfil deles… Você pode pesquisar por rede social ou questionar alguém próximo.
Com esses atributos em mente, fica mais fácil puxar assunto e até lembrar o nome do outro.
Para se apresentar, também tem timing. Treine observar a linguagem corporal das pessoas. Se o fulano está envolvido em uma conversa com várias pessoas, por exemplo, mas seus pés e seu corpo apontam para fora da rodinha, pode ser que adore uma interrupção naquele momento.
Ao se apresentar, você já pode emendar alguma pergunta, diminuindo a chance de o grupo cair naquele silêncio constrangedor e estimulando as pessoas fazerem o que mais amam: falar sobre ELAS!
Poucas coisas são mais sedutoras do que ser um bom ouvinte.
Mostre interesse real, sem mexer no celular enquanto a pessoa fala, procure fazer perguntas específicas e encontre deixas para falar sobre você sem interrompê-la.
Outra dica para aumentar a conexão entre você e seu novo conhecido: apresentá-lo a uma terceira pessoa, assumindo o "acabamos de nos conhecer" e repetindo seu nome.
3) Espelhamento do outro
O espelhamento é um mecanismo social ancestral eficiente para que criemos conexões — desde que, claro, seja feito com sutileza. É uma forma não verbal de dizer "olha, sou igual a você, está tudo bem" e gerar cooperação, o que tem sido útil ao longo da história da humanidade.
Um estudo citado no livro dos autores Allan e Barbara mostrou que, nós, mulheres, somos quatro vezes mais propensas a espelhar outras mulheres do que os homens entre si. As mulheres também têm uma capacidade maior de "ler" a linguagem corporal e entender quando existe algum desacordo em curso.
Na prática, para fazer o espelhamento, basta reproduzir sutilmente algumas das expressões faciais ou corporais do outro. Mas precisa ser sutil mesmo, ok?! Vale também para o cadenciamento de voz e, nesse caso, a dica é evitar falar mais rápido que o interlocutor.
Até o código de vestimenta — vestir-se de forma parecida com os demais — passa o recado de espelhamento. Assim como, destacar-se, escolhendo propositadamente roupas e acessórios diferentes do que sabe que vai encontrar em algum lugar, também passa uma mensagem.
Outro atalho para gerar conexão é encontrar os interesses comuns. Uma vez que em uma conversa você detectou gostos, hobbies ou quaisquer tópicos compartilhados, use algumas palavras-chave para trazê-los à tona e manter o assunto vivo.
Ao espelhar gestos, posturas, cadência vocal e outros elementos, você tem mais chances de criar vínculos e ser entendido como uma pessoa fácil de conviver.
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