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Bru Fioreti

Precisa de autoconhecimento? Tente essas 7 maneiras de ampliá-lo

Bru Fioreti

14/01/2020 04h00

Sair sozinha, caminhar na natureza, meditar, ouvir mais… Essas são alguns formas de ampliar o autoconhecimento (Foto: Pexels)

Em um cenário de valorização crescente das soft skills (as ditas habilidades humanas) no mercado de trabalho, conhecer as que você tem deixa de ser diferencial e passa a ser condição para prosperar.

Você pode argumentar que algumas grandes empresas ainda não valorizam tanto essas skills, como criatividade e inteligência social. E tenho que concordar, ainda tem muito chefão por aí achando que é normal gritar com a equipe ou pressionar até a demissão em vez de fazer reforço positivo.

Mas não é tendência, não é praí que o mercado avança, entende? A valorização de quem sabe lidar com gente e se conhece, lida bem com as próprias emoções e demandas de trabalho é crescente, e não há birô de futurismo que aponte em outra direção.

Ao que te pergunto: você se conhece bem?

Lida bem com as próprias emoções e com as dos outros? Consegue gerir o próprio tempo ou espera alguém orientar para tudo? Resolve problemas criativamente ou se desespera a cada revés?

Tudo isso vem do autoconhecimento. Saber quem você é, destrinchar as próprias habilidades e deficiências, saber organizar um plano de evolução constante, fazer a curadoria do próprio conhecimento, procurar crescer como profissional e como pessoa…

Autoconhecimento, aceite, não é blá-blá-blá de gente "viajandona", que quer enrolar no trabalho ou quer fazer bonito em rede social. Nunca foi tão evidente que é uma ferramenta para ter mais sucesso e satisfação profissional.

Ok, e na prática como faz?

Por alguma razão, para muita gente parece intangível a ideia de buscar conhecer a si mesma, ainda que desde os primeiros filósofos da humanidade isso tenha aparecido como uma sábia orientação.

Mas o que costumo recomendar é fazer uma ou mais das práticas que vou descrever aqui, lembrando que autoconhecimento é processo — não para nunca, até porque você evolui, muda junto com as coisas ao seu redor.

Fazer da busca por autoconhecimento um hábito, ativamente cultivado, vai melhorar sua inteligência emocional e permitir que vá lapidando as soft skills mais adequadas à sua área de atuação.

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A seguir, algumas sugestões de providências para quem quer começar o processo.

  1. Ficar mais sozinha. Fazendo qualquer tipo de atividade ou nenhuma, mas preferencialmente sem mexer no celular nem ver televisão. A ideia aqui é se observar, entender como se porta quando está só, colocar-se nos holofotes para si mesma sem tentar preencher esse vazio. Para quem não está acostumada, sugiro sair para almoçar ou ir a um café só, observar a natureza ou até ir ao cinema (você vai se ocupar com o filme, mas o ato de ir sem companhia já conta). Ah, e caminhar, mas isso pode entrar no tópico seguinte.
  2. Encontrar a sua maneira de meditar. É sobre observar os pensamentos sem julgar, aquietando a mente, sim, mas sem a pretensão de zerar as ideias. Você pode tentar ainda uma espécie de mindfulness diferente, quando caminha na natureza sem ouvir música nem nada, observando a própria respiração e o ambiente. É uma prática calmante e parte importante desse processo de olhar para dentro. 20 minutos por dia estão de bom tamanho.
  3. Procurar terapia, coaching ou quaisquer processos para olhar para a própria vida. Pode incluir terapias alternativas se elas forem mais a sua cara e se prestarem a fazê-la refletir. A terapia com um psicólogo, claro, é o que há de mais rico para fazer isso em profundidade. Já o processo de coaching é do tipo que tem começo, meio e fim, e é ideal para quem quer traçar um objetivo e cumpri-lo.
  4. Ler mais do que vê TV. A gente processa a leitura de uma forma diferente, ela nos faz pensar criativamente e parece nos fornecer uma janela maior para a reflexão. Mesmo as leituras que nada tenham a ver com autoconhecimento têm um papel no crescimento pessoal.
  5. Fazer cursos e não só os de autoconhecimento. Mais ou menos como os livros, sabe? Mas aqui a proposta é conhecer coisas e pessoas novas e permitir que esse conhecimento te transforme. Inclua a prática de atividades físicas, comprovadamente preciosa para o corpo e a mente.
  6. Falar mais de si mesma ou ouvir mais sobre os outros.  A interação humana é preciosa para o autoconhecimento. Se você faz o tipo introvertido e não fala nunca de si, experimente começar a contar um pouquinho sobre si, falar mais, porque ouvir a si mesma pode te ensinar muito sobre você, ainda mais se for observadora. Por outro lado, se é do tipo que fala bastante, que tal colocar para si mesma a meta de ouvir mais? Ouvir de verdade: ou seja, sem tentar adivinhar o tempo todo o que o outro vai dizer ou interrompê-lo. Em resumo, ouvir e observar as pessoas ajuda a gente a se ler melhor.
  7. Permitir-se ser vulnerável e sofrer. Essa é pra você que acha que precisa ser uma fortaleza sempre. Não é bem assim, a gente se conhece mais na crise e na dor que nas facilidades. Permita-se sofrer, faça um exercício de acolher as dores e os sentimentos "feios" (oi, inveja e raiva) não para sucumbir a eles, mas para entender-se plenamente. Você é um ser humano, tem emoções boas e ruins. Abrace também a sua sombra para que sua luz possa brilhar mais — e fico por aqui, porque terminar com uma frase de efeito nunca feriu ninguém ;-).

Sobre a autora

Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.

Sobre o blog

Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.

Blog da Bru Fioreti