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Bru Fioreti

Quer tomar decisões melhores? Chore quando errar, sugere estudo

Bru Fioreti

02/10/2017 08h00

A vida toda aprendemos que é um tiro no pé se emocionar no trabalho, nos aperfeiçoamos na técnica de engolir o choro, fazer cara de paisagem e, no máximo, correr para o banheiro mais próximo para uma recomposição depois de uma falha, um revés ou um incidente com a chefia.

Mas aí vem a ciência em pleno segundo semestre de 2017 e mostra que se deixar levar pelas emoções numa situação ruim pode ser mais efetivo para dar a volta por cima do que tentar encontrar soluções racionais logo de cara.

Ficar chateado quando falha pode ser mais eficiente do que fingir que nada aconteceu, quem diria? (Foto: Pexels)

As conclusões vieram de uma pesquisa feita na Universidade de Kansas, em parceria com instituições de Ohio e Stanford. A diferença dessa pesquisa para outras do gênero foi que ela não focou nas diferentes respostas cognitivas que as pessoas dão para o fracasso, tampouco no tipo de emoções que afloravam. Em vez disso, comparou duas atitudes: deixar-se levar por emoções ou por explicações racionais. E foi aí que as emoções se sobressaíram como forma de evolução pessoal depois de um fracasso.

Em resumo, permitir-se se sentir mal assim que algo dá errado é mais efetivo para aumentar a performance, porque melhora o processo decisório que vem depois. Claro, sua decisão melhora para tomar decisões em tarefas semelhantes.

Na pesquisa, grupos de estudantes tinham que fazer uma tarefa no computador já programada para dar errado. Portanto, todos os participantes falharam. Mas metade foi encorajada a racionalizar o que tinha dado errado; os demais foram convidados a focar no que estavam sentindo depois da derrota. E o segundo grupo tomou decisões mais certeiras numa segunda tentativa.

Para quem precisa tomar decisões o tempo todo, esse approach é especialmente útil: as escolhas posteriores a um certo "luto" pós-erro tendem a ser mais espertas. Sabendo disso, será que vale a pena suprimir as emoções? Segundo os pesquisadores, nem no trabalho. Ter sentimentos negativos é natural e ajuda no aprendizado, além de poder ser interpretado por alguns líderes como sinal de comprometimento com a empresa, engajamento.

Então, desde que você não se entregue para sempre a esse sentimento, curta o seu momento drama.

Sobre a autora

Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.

Sobre o blog

Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.

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