7 erros profissionais que você deve evitar na primeira segunda-feira do ano
Bru Fioreti
08/01/2018 08h00
O primeiro e mais comum erro cometido na volta ao trabalho pós-férias é reclamar, o rei dos hábitos improdutivos. Mas deste eu nem vou falar. Aqui, o foco é o que pode sabotar seus planos de um feliz ano novo na carreira em pílulas aparentemente inofensivas, como não planejar o início do dia, procrastinar meia hora durante o expediente ou entrar de cabeça na rotina sem observar os movimentos do mercado.
Minha proposta: lance mão do popular combo "força, foco e fé" e repense as atitudes a seguir.
1. Acordar em cima da hora e chegar atrasado
Se o dia começa torto, você precisará de mais esforço para endireitar ao longo das horas, certo?
Já escrevi aqui e aqui sobre a importância de criar um ritual matinal, hábito comum à maioria das pessoas de alta performance. Mas, se inserir meia hora de meditação + café + exercício na sua manhã estiver fora de cogitação, serve apenas respirar fundo e pensar no que quer para aquele dia por cinco minutos. Isso já cumpre a função de melhorar o foco.
Além disso, a figura sempre atrasada não transmite confiança — pense se isso combina com suas aspirações profissionais.
2. Enrolar hoje (e a semana toda) em clima de férias
Todo mundo conhece aquele ser que chega às 9 horas, mas só pega no trabalho pra valer lá pelas 9h40.
É divertido confraternizar com os colegas, claro, mas esses minutos no início do dia pesam na produtividade mensal. Inúmeras pesquisas demonstram que a manhã é o período de mais foco, já que o nosso cérebro ainda não está sobrecarregado pelas pequenas decisões que se acumulam no dia.
Se quer papear, chegue um pouco antes, oras! Quando estiver no trabalho, trabalhe — no escritório ou em casa.
Não se deixe tomar pelo pânico com a caixa de e-mails lotada. Gerenciar isso é libertador! (Foto: Pexels)
3. Deixar que os e-mails se acumulem
Já ouviu falar na caixa de entrada zerada? Ela pode parecer uma meta impossível, mas com as técnicas adequadas é uma libertação. Uma regra simples, defendida pelo expert em produtividade David Allen no seu "A Arte de Fazer Acontecer", é a dos dois minutos: se chegar um e-mail e ele puder ser respondido em dois minutinhos, faça agora, sem titubear.
Mais da metade da sua caixa se resolverá aí. O que deve ser delegado a alguém iria para uma pasta; o que fica para mais tarde para outra; e os resolvidos em dois minutos para um terceiro arquivo.
Manter os e-mails em dia é importante para economizar tempo e energia. Você deixa de reler as mesmas coisas várias vezes e se perder.
Comece já a limpar e mantenha essa conduta todo dia que você vai sentir a diferença.
4. Retomar o hábito da fofoca no café
Nada muito diferente da conversa matinal do tópico 2: perda de tempo. Apesar de reconhecer a importância da sociabilização no ambiente de trabalho — habilidade cada vez mais apreciada por recrutadores, diga-se de passagem –, vejo que os benefícios vão ladeira abaixo quando o foco é falar mal dos outros.
Use as pausas para se interessar pelos colegas genuinamente, debater ideias e desanuviar. Se fofocar for irresistível, faça com consciência. Pense nas consequências que existiriam se seu comentário fosse a público. Se não for nada demais, siga em frente.
5. Começar uma dieta radical
Sim, isso tem tudo a ver com sua performance profissional. Um dos erros mais corriqueiros e ignorados no dia a dia é a desidratação. Quando você ingere pouca água, seu organismo não funciona bem, o que afeta as funções cerebrais.
Especialistas como o doutor Michael Mosley defendem que a boca seca é o último sinal de desidratação, e esta tem consequências bem mais imediatas e graves do que ficar em jejum. Ainda assim, ele mesmo reconhece que fazer uma dieta restritiva quase sempre baixa o nível de energia, e muitas vezes provoca sintomas como dor de cabeça, fadiga e náuseas.
Que tal ir aos poucos inserindo hábitos saudáveis na sua vida, com acompanhamento profissional? Bem mais prudente, coerente e produtivo.
6. Fechar os olhos para o mercado e se enfurnar na empresa
O que tem de gente com perfil do LinkedIn desatualizado… Só quando a pessoa é dispensada é que pensa em recolocação, em se posicionar bem diante do mercado de trabalho. E aí a chance de a busca por emprego se prolongar é enorme.
O mesmo vale para quem quer empreender, uma vez que é bem mais pé no chão fazer uma transição de carreira com o negócio já engatilhado.
Não se trata de focar mais no que acontece fora que nas funções atuais, mas de estar informado sobre os movimentos da sua área de atuação e manter uma rede de contatos atualizada.
7. Enganar a si mesmo e continuar fazendo o que não gosta
Muitas vezes aquela esperança de uma vida nova se esvai nos primeiros dias da volta ao trabalho pós-férias ou recesso. Quando a saturação profissional está instalada, só algum tipo de mudança pode restaurar o vigor profissional.
Pode ser uma mudança interna — leia-se uma conversa com o superior propondo ideias para se estimular ou ganhar mais. Pode ainda ser a busca por uma nova oportunidade.
Para isso, você pode traçar um plano de ação que inclua procurar empresas bacanas, acionar certos contatos, iniciar a pesquisa por uma nova área para estudar… Planejar já é começar a sair do lugar.
Sobre a autora
Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.
Sobre o blog
Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.