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Bru Fioreti

Quer ser uma verdadeira girlboss? Evolua na autoliderança em 5 passos

Bru Fioreti

19/11/2019 04h00

Confiança, autorresponsabilidade, sororidade e emoções positivas: eis o que cultivar para ser uma autêntica girlboss, líder de si mesma (Foto: PEXELS)

Já percebeu como a gente reclama dos nossos chefes, mas às vezes esquece que nós somos nossas principais chefes?

Digo isso não só pela motivação de entender que você é a CEO da própria vida, a líder dos seus projetos, a dona do seu nariz — embora o seja. Mas para trazer a ideia de que liderar a si própria não é só ostentar #girlboss nas nossas redes sociais, é de fato desenvolver confiança e responsabilidade, saber apoiar e ser apoiada, transmitir coisas positivas e, claro, ser mais feliz.

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A começar por um questionamento.

Pergunte-se, sinceramente: Como eu estou como líder de mim mesma e qual meu desempenho atual como principal responsável pela minha vida?

Pense em uma nota de 0 a 10 e justifique no papel mais próximo a sua resposta.

Trata-se de um exercício simples, porém muito interessante para avaliar a quantas anda a sua autoliderança — a capacidade de liderar a si mesma, assumindo total responsabilidade pela sua vida (o que evidentemente inclui sua carreira) e fazendo as ações necessárias para ter o futuro que deseja.

Seja qual for sua nota, ela sempre pode ser melhorada, com disposição para o autodesenvolvimento. A seguir, sugiro 5 passos para aumentar a autoliderança. São eles:

  1. Começar pela autorresponsabilidade
  2. Aumentar a confiança com micrometas  
  3. Controlar a Síndrome da Impostora  
  4. Confiar no poder da sororidade
  5. Cultivar emoções positivas  

1) Começar pela autorresponsabilidade

Essa é a base da autoliderança, porque é impossível se autoliderar sem reconhecer a porcentagem de responsabilidade que é sua na sua vida.

Sem isso, a gente passa os dias culpando os outros pelo que não conseguiu, se fazendo de vítima ou com raiva do mundo injusto. E tendemos a perder o parâmetro do que poderíamos fazer quando o mundo lá fora não corresponder às nossas expectativas.

Isso é autorresponsabilidade: entender, de verdade, que mesmo que o curso das coisas não for o que eu desejar, ainda serei eu a dona da minha vida e a responsável por manter as coisas caminhando, e bem. Sem apontar culpados ou contar histórias para me desculpar pelo que não deu certo. Quando não prospero, eu aprendo, eu cresço, eu me torno uma pessoa melhor.

Quão familiar é esse tipo de pensamento para você?

Aproveite para se autoavaliar e entender se assume o posto de líder da própria vida. Pode parecer um peso, mas não é. É libertador.

2) Autoconfiança com base em micrometas 

Eu costumo dizer que a autoeficácia é o atalho para a autoconfiança.

Entendendo autoeficácia como a crença na própria capacidade de realizar, pense em como se sente fortalecida, confiante, satisfeita quando cumpre um objetivo.

Mesmo que seja algo aparentemente banal, como tomar 8 litros de água todo dia naquela semana, sair para caminhar como se propôs ou entregar tudo o que precisava no prazo.

Por isso que é tão eficiente a criação de pequenas metas diárias — vamos chamá-las de micrometas — para aumentar gradativamente a autoconfiança e, consequentemente, a autoliderança.

Escreva todo dia à noite as micrometas que quer executar no dia seguinte e não se esqueça de se certificar que as tenha feito. Comece pequeno, mas comece.

O prazer de dar "check" na lista de tarefas cumpridas é a semente da autoconfiança crescendo em você. É a sua líder interior se tornando mais forte e profissional.

3) Observe sua Síndrome da Impostora

Talvez só de ler sobre "ser líder de si própria",  ter autorresponsabilidade e cumprir metas você tenha secretamente pensado que não é capaz. Que desiste de tudo o que faz, que as pessoas pensam que você é superautorresponsável mas no fundo não é… e assim por diante.

Talvez você pense constantemente que não é tão boa, que vão descobrir seus podres, que deu sorte, que é uma farsa.

Essa censura interior, normalmente mais intensa em mulheres que em homens, é a tal da Síndrome da Impostora. Já falei algumas vezes dela porque é comum que nos atrapalhe na execução dos nossos planos.

Afinal, como liderar a si mesma se questiona a própria capacidade o tempo todo? Até dá, mas é muito sofrimento envolvido, muito desgaste — e, se você sente isso, sabe do que estou falando.

Minha sugestão para diminuir seus danos é nomear essa voz que fica aí, te contando mentiras sobre você. Isso: nomear a sua censora interior.

Toda vez que essa vozinha inconveniente aparecer, pergunte-se se ela realmente te representa ou se é apenas alguma forma de medo. Medo de errar, de falhar, de ser julgada, de não ser perfeita… E faça o que for preciso mesmo assim, com medo, como boa líder de si mesma que você é.

Quanto mais praticar esse reconhecimento da Síndrome, mais forte vai se sentir. Lembre-se de focar na evolução como métrica do sucesso, porque isso também ajuda a lidar com os reveses.

4) Pratique a sororidade na esfera do trabalho 

Fomos treinadas para competir, para desconfiar uma das outras — há vasta literatura feminina mostrando isso. Essa competição feminina distrai e envenena o dia a dia, nos desviando do que interessa: a autoliderança e a liderança em si, essa que pretendemos ocupar cada vez mais na sociedade.

Usando a lógica da Psicologia Positiva, vemos que a felicidade não é um jogo de soma zero: se você está feliz, a outra pessoa pode estar feliz também, quanto mais melhor! Sua felicidade não diminui a da outra pessoa, ou não deveria.

Na prática, é sobre apoiar outras mulheres nas suas jornadas e não se sentir ameaçada o tempo todo. Crescer e deixar crescer, estimulando um ambiente positivo de estímulo à confiança, que a combater a Síndrome da Impostora em mais mulheres.

Divida suas fraquezas com mais mulheres, se tiver abertura para isso, e mostre uma pontinha de vulnerabilidade para a colega que precisa do seu apoio. Isso reforça o crescimento coletivo, aumenta a sensação de ter uma rede de apoio e, sim, faz com que você se sinta mais no comando — pode testar.

5) Cultivar emoções positivas 

Inúmeros estudos atestam os benefícios de propositadamente cultivar emoções positivas no dia a dia. A prática mais sugerida e eficiente é começar o dia escrevendo a emoção positiva que mais gostaria de sentir naquele dia, um simples gesto que tende a aumentar as chances de senti-la.

Pense no que a faria render mais, superar amarras, sentir-se confiante, ter prazer no trabalho, ser menos arredia com as pessoas…

Se quiser cultivar essas emoções mesmo quando as coisas não estiverem bem, pode começar perguntando-se "como estou me sentindo agora?". É uma forma de autoconhecimento, de rastrear como se sente com cada acontecimento, e também de se acostumar a trazer as emoções à consciência em vez de apenas sucumbir a elas, passivamente.

Comece pela já comprovada gratidão, escrevendo um belíssimo "obrigada" por algo de bom que exista na sua vida pela manhã. Passe então a se perguntar do que pode se orgulhar hoje e complemente com a sensação positiva desejada para o dia.

Dominar mais as emoções que sente é um grau mais avançado de autoliderança que está, sim, ao nosso alcance. Que tal treinar?

Sobre a autora

Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.

Sobre o blog

Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.

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