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Bru Fioreti

5 dicas para melhorar a comunicação: dá para treinar até em casa!

Bru Fioreti

10/04/2019 04h00

As habilidades relacionadas à comunicação humana serão as mais valorizadas daqui para frente. Como estão as suas? (FOTO: PEXELS)

Não há profissional que estude o mercado de trabalho atual e suas perspectivas para as próximas décadas que discorde: a capacidade de comunicação é o maior diferencial que você pode cultivar na carreira para se sobressair — ou sobreviver — em um cenário de maior competitividade e dominado pela inteligência artificial.

Estudo da Pearson apontou recentemente entre as 20 habilidades mais valorizadas no futuro diversas relacionadas a comunicação, como capacidade de falar em público, clareza no discurso, escuta ativa, empatia e expressão oral.

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É sobre entender de gente, comunicar o que deseja e absorver o que o outro diz. Fazer o que programas de computador não conseguem.

E você, consegue? Responda sinceramente:

  • A quantas anda sua habilidade de se comunicar?
  • É capaz de se colocar no lugar do outro para se comunicar com ele?
  • Expressa bem as ideias, tem fluidez na fala?
  • Consegue se fazer entender e entender o que lhe pedem? 
  • É boa em se conectar com as pessoas, ouvindo o que dizem sem julgar? 

Como melhorar a comunicação

Talvez o maior dos problemas corporativos sejam as relações humanas.

De superiores pouco empáticos, que cobram excessivamente, ao telefone sem fio entre os diferentes departamentos, a baixa capacidade de se fazer entender e compreender o ponto de vista do outro prejudica os resultados dos negócios e, claro, a carreira de cada um.

Como ter bons resultados sem compreender o que foi solicitado? Como pedir um aumento se não sabe como comunicar seus feitos ao longo do ano? Como se apresentar bem em uma reunião? Como comunicar o que faz de melhor sem parecer arrogante?

Essas e outras questões ficam negligenciadas porque entramos no piloto automático de segunda a sexta. Mas podem ser trabalhadas em pequenos passos, e aqui trago digas para desenvolver a "skill" mais importante do futuro profissional a partir de hoje.

  1. Agradeça e elogie. Não interessa a posição que ocupa, ser humano é ser humano e tem necessidades parecidas com a sua. Entre as principais, a de ser aceito (ou não ser rejeitado, se preferir). Por isso, pequenos gestos como elogiar um trabalho bem feito ou agradecer por uma ajuda que recebeu melhoram o relacionamento profissional. Traga as pequenas gentilezas para o dia a dia quando lhe parecer genuíno. 
  2. Olhe nos olhos. Tão banal e tão relevante. Você está ocupadíssima na mesa quando alguém aparece e quebra seu fluxo de pensamento. É chato, eu sei. Mas se for para parar o que está fazendo e se comunicar, pare e olhe para a cara da pessoa! Mexer no celular durante uma reunião também é, além de grosseiro, ineficiente — a nossa capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo é limitada, comprovadamente. Olhe para o outro, mostre que se importa. Não dói.
  3. Comunique o que faz. Basta entregar bem o trabalho? Seria ótimo, mas há controvérsias. Comunicar o que fez de melhor é uma habilidade que pode lhe destacar dos demais e não precisa vir empacotada como um negativo "marketing pessoal". É fazer aquele "relatório" eventual sobre os resultados mais relevantes, pedir dicas de como aumentar o desempenho, mas também sobre saber pegar o gancho em uma reunião para dizer o que foi feito e que benefícios trouxe para a empresa — aliás, este deve ser o foco, não o cansativo "eu eu eu".
  4. "Leia" o chefe ou o cliente. Coloque-se no lugar dele e se questione sobre como o que você faz impacta ou melhora a performance do outro. Se o gestor costuma pedir informações amiúde (perfil microgerenciador), por exemplo, terá várias oportunidades de contar o que está dando certo. Caso seu "chefe" seja o cliente, mostre preocupação, que está ali, e mais: pergunte! Grande parte dos problemas de comunicação vêm de não entender a mensagem e mesmo assim não perguntar, por vergonha, por medo…
  5. Treine em casa. Além de treinar a comunicação como um todo nas situações sociais (falei disso aqui), o discurso para reuniões ou apresentações públicas melhora significativamente com o velho e bom treino diante do espelho ou de alguém em quem confie. É bê-á-bá, mas não custa lembrar: direcione a fala criando um roteiro com os principais tópicos que pretende abordar. Existem vários macetes, mas a chave da fala em público é o treinamento, porque dele vem a segurança necessária para performa bem mesmo em situações desconfortáveis.

Sobre a autora

Bruna Fioreti é coach de vida e carreira, jornalista e consultora de branding pessoal e conteúdo. Ministra cursos e palestras sobre carreira, estilo, produtividade e temas femininos pelo Brasil - expertise desenvolvida em cinco anos como redatora-chefe da revista Glamour. Com MBA em Coaching em curso e seu projeto Manual de Você, realiza dezenas de atendimentos individuais e dissemina o conceito de #autocoaching nas redes sociais.

Sobre o blog

Dicas e reportagens sobre carreira, com foco nas mulheres que buscam satisfação, foco, produtividade e aprimoramento da imagem profissional. Um espaço para falar das tendências da área, que vai te ajudar a atingir a melhor performance da empresa chamada VOCÊ.

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